19 de janeiro de 2017

Resenha | Sangue Quente - Isaac Marion

Título: Sangue Quente
Autor: Isaac Marion
Editora: Leya
Páginas: 256
Ano: 2011

R é um jovem vivendo uma crise existencial - ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas ele busca mais do que sangue e cérebros. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de pensamentos e saudade. Não tem recordações, nem identidade, nem pulso, mas ele tem sonhos. 
Após vivenciar as memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce com a namorada de sua vítima. Julie é uma explosão de cores na paisagem triste e cinzenta que envolve a "vida" de R e sua decisão de protegê-la irá transformar não só ele, mas também seus companheiros mortos-vivos, e talvez o mundo inteiro. 
Assustador, engraçado e surpreendentemente comovente, Sangue Quente fala sobre estar vivo, estando morto, e a tênue linha que os separa.




R é mais um entre os milhares de zumbis que habitam o planeta e se alimentam de pessoas. Mas, em uma de suas caçadas ele encontra Julie, uma garota humana que desperta nele um novo sentimento, e a missão de protegê-la dos outros. 

Sangue Quente é o primeiro livro que li com essa temática de zumbis e, apesar de não saber o que esperar da história, foi uma experiência muito boa!

Logo no começo da história R vai nos mostrando como é a rotina da comunidade em que ele vive, um aeroporto abandonado cheio de zumbis. É uma existência nojenta e pacata, então as primeiras páginas foram meio mortas, sem grandes acontecimentos.

Mas tudo muda com a chegada de Julie, que traz um tom mais leve em alguns momentos, engraçados e de tensão em outros. É a partir daí que a história realmente ganha vida.


R consegue ser engraçado sem tentar e também mostra um lado diferente seu. Apesar de ser um zumbi e de não lembrar quem ele era, a sua capacidade de pensar e até de falar o torna diferente de todos os outros, e especial para Julie.

Por mais que um romance garota humana & zumbi seja clichê, a gente vai percebendo que esses novos sentimentos vão crescendo dentro dele, e isso começa a mudar a vida zumbi de R para algo melhor.

Ao longo do livro, Julie faz algumas reflexões interessantes e plausíveis, sobre como a humanidade causou isso a si mesma, o que me deixava esperando por um bom final. O motivo em si é ótimo, mas para mim, a ação que gera tudo tirou a grandeza da situação, e aí eu fiquei me perguntando porque eles não fizeram isso antes, já que assim teriam evitado muita coisa.

Ainda sim, a mensagem que Isaac deixou é ótima: aceitação! Não se deve julgar sem conhecer e excluir as pessoas apenas por elas serem diferentes. Temos de aceitar e aprender a conviver com o diferente, para que eles sejam apenas normais como nós!


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