13 de setembro de 2015

Resenha | A Lua de Mel - Sophie Kinsella

Título: A Lua de Mel
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Record
Páginas: 496
Ano: 2013
Adicione: Skoob
Compare e Compre: Buscapé

Ao se dar conta de que o namorado nunca vai pedir sua mão em casamento, Lottie toma uma decisão. Termina o compromisso com ele e diz o tão sonhado sim a Ben, uma antiga paixão, com quem ela havia prometido se casar se ambos ainda estivessem solteiros aos 30 anos. Os dois então resolvem pular o namoro e ir direto para uma cerimônia simples e seguir para a lua de mel em Ikonos, a ilha grega onde eles se conheceram. Mas Fliss, a irmã mais velha da noiva, acha que Lottie enlouqueceu. Já Lorcan, que trabalha na empresa de Ben, teme que o casamento destrua a carreira do amigo. Fliss e Lorcan então elaboram um plano para sabotar a noite de núpcias do casal e impedir que os noivos cometam o maior erro de suas vidas.




Que mulher nunca sonhou em receber um pedido de casamento? Lottie tem 33 anos e vem alimentando esse sonho a espera do pedido que seu namorado Richard fará.

A maior decepção dela acaba vindo em um almoço, num restaurante elegante para qual ele a levou. Na certeza de que Richard está a ponto de lhe fazer o tão sonhado pedido, Lottie já traça todos os planos na esperança de dizer o tão desejado sim. O problema é que ele não a levou ali para pedir sua mão em casamento. Ao perceber que a situação está se repetindo novamente, assim como em todos os seus relacionamentos anteriores, em que bastou apenas tocar no assunto ''casamento'' para que os homens tentassem fugir, ela decide romper com Richard, já que ele não parece estar pronto para amá-la e assumir tal compromisso. 

Mas ao terminar com Richard, Lottie decide aceitar o convite de encontrar Ben, seu ex-namorado da época em que tinha 18 anos, e que não vê há muito tempo. Durante o almoço ele lhe diz que todos esses anos ele sempre fora apaixonado por ela e jamais sentiu isso por outra pessoa. Ben lembra então da promessa que fizeram naquela época: se ambos chegassem aos 30 anos ainda solteiros, casariam-se.

Inicialmente, apesar de ficar desconfiada, Lottie aceita o pedido com uma condição: eles não poderão dormir juntos até a lua-de-mel. Querendo fazer diferente de todas os outros relacionamentos amorosos que teve, ela pretende ter uma noite de núpcias perfeita, e esperar até o casamento fará Ben se apressar ainda mais para que essa união se concretize.

Ao mesmo tempo que Lottie está louca para se casar, vemos a irmã mais velha dela, Fliss, vir na contra mão para tentar impedi-la de cometer tal erro. Todas as outras vezes em que Lottie terminou algum relacionamento, ela sempre tomava alguma decisão drástica, como entrar em uma seita, fazer uma viagem ou algum estágio a mais para o emprego. Fliss considera essas decisões como Escolhas Infelizes da irmã, e acredita que essa união urgente com Ben representa mais uma dessas escolhas.

Outro fator que motiva Fliss é o divórcio pelo qual ela está passando. Após ter se casado e ter um filho, seu marido a traiu e a relação desandou. Agora ela está muito amargurada com esse processo de separação, e não quer ver Lottie passando por tudo isso futuramente.

Ben é dono de uma empresa que herdou do pai. Lorcan, seu amigo que também trabalha no negócio, vai se juntar a Fliss para tentar impedir o amigo de cometer tal erro. Para ele, o casamento será apenas mais uma das muitas válvulas de escape que Ben tem utilizado para fugir das importantes decisões e da posição séria que precisa tomar na empresa.

A narrativa será alternada entre o ponto de vista das duas irmãs, Lottie e Fliss. Como um chick lit, já é de se esperar que a leitura proporcione muitas risadas, principalmente com todas as atitudes tomadas por Fliss para impedir que a irmã realmente se case com Ben.

Apesar disso, Sophie conseguiu abordar um tema muito importante de uma forma leve, a instituição do casamento. Ao mostrar os dois lados da moeda, vemos uma Lottie que é o reflexo de muitas mulheres, com o desejo de ter um casamento perfeito. O problema muitas vezes é a reação e aversão que muitos homens tem a tal compromisso, uma espécie de medo de assumir algo tão importante. Além disso, a união em si não pode ser uma ação apressada, pois deve-se conhecer bem a pessoa com a qual você irá conviver.

No lado da Fliss podemos observar a questão do divórcio. Grande parte das separações que vem acontecendo atualmente é motivado pela traição. É perceptível que muitos casais não tem mais um pouco de respeito e comprometimento para com os votos feitos em relação a outra pessoa. Tal rompimento pode causar muita amargura e fazer você questionar suas antigas decisões. No fim, deve-se pensar que para tudo há um porque, e se sentir mal por algo que não deu certo é normal, mas não podemos ver isso como o fim do mundo. Cabe a nós apenas seguir em frente, e procurar aproveitar a vida o máximo possível independente da situação em que nos encontramos.


Com relação ao final, apesar de gostar que a autora traga algo que alegre o leitor, ela costuma deixar as situações também um pouco em aberto. Apesar de isso me inquietar sem a certeza de que o futuro dos protagonistas tomou o rumo que imaginamos, é interessante ver esse modo que Kinsella utiliza para fazer a nossa própria mente voar, criando assim um pós fim de história perfeito a nossa fantasia.

O nome Sophie Kinsella já nos é sinônimo de boas histórias e risadas, e nessa obra a autora continua cumprindo com esse propósito. Pra quem procura uma leitura leve, muito fluída e com a interessante temática do casamento, A Lua de Mel é a pedida certa.

2 comentários:

  1. Oi Rafa, este é um dos meus livros favoritos da autora. Me matei de rir com os absurdos tramados por Fliss, enquanto me encantei com a relação de intimidade das duas irmãs, por mais diferentes que elas sejam. Sem contar o tema casamento e relacionamento que foi super bem abordado na história, né? Beijos e ótima resenha. Mi

    www.recantodami.com

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  2. Rafa, adorei sua resenha! ficou ótima.

    Não estou no momento de leitura de chicklits, tive um pequeno trauma com Simplesmente Acontece (apesar de não ter certeza de que esse livro entra nessa categoria). Apesar de me sentir bastante atraída pelo contexto, não sei se a história me prenderia tanto quanto antigamente. Porque minha época de sonhar com casamentos já passou. Agora eu sonho com asas e poderes e ser capaz de assassinar um homem com as minhas mãos (Celaena Sardothien na veia sz)

    Que bom que você pôde aproveitar sua leitura, é sempre magico quando isso acontece!
    Beijos, Iza
    http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br/

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