Título: Suspeitos
Autor: Robert Crais
Editora: Companhia Editora Nacional
Páginas: 280
Ano: 2014
Adicione: Skoob
Compare e Compre: Buscapé
Scott não está bem desde a aterrorizante noite em que homens não identificados assassinaram sua parceira Stephanie e quase o mataram também, deixando-o cheio de ódio, humilhado e sempre à beira de um ataque de nervos. Maggie também não está bem. A pastora-alemã sobreviveu a três temporadas no Iraque e Afeganistão farejando explosivos até perder seu tratador no ataque de um homem-bomba. Seu estresse pós-traumático é tão grave quanto o de Scott.
Eles são a última chance um do outro. Ele era um jovem policial em ascensão, ela foi criada para cuidar e proteger. Juntos, vão começar a investigar o caso que ninguém quer que investiguem: a identidade dos homens que assassinaram Stephanie. O que os dois descobrem é que nada é o que parece ser. Eles seguirão por um caminho que os levará através das obscuras lembranças de seus infernos pessoais. Será que conseguirão sair dessa e encontrar os culpados? Ninguém pode prever.
Meu primeiro contato com a escrita de Robert Crais foi através do livro Sequestrados, sendo que quando concluí a leitura tive certeza de que precisava conhecer demais livros do autor. Como já era de se esperar, acabei me apaixonando também por Suspeitos e por sua trama, um misto de suspense policial com uma boa dose de amor.
Conheceremos aqui Scott e Maggie, humano e animal que estão passando por uma fase difícil, tentando superar o trauma que sofreram. Maggie é uma pastor-alemão especializada em farejar explosivos através do cheiro de seus componentes. Após algumas temporadas de trabalho no Iraque e Afeganistão, o pior aconteceu. Seu tratador, o homem que ela amava e considerava ser sua matilha acaba sendo morto em uma missão em que ela tentava lhe proteger. Foi assim que ela acabou por ser também gravemente ferida, sendo considerada então inapta para qualquer tipo de serviço. Assim, ela ganharia um novo lar em meio à uma família, como cão de estimação. Mas, tudo acabaria mudando no momento em que aquele humano olhasse para ela.
Scott era policial, e fazia uma de suas corriqueiras rondas com sua parceira Stephenie quando uma tragédia ocorreu. Eles acabaram por ficar em meio a um tiroteio que aconteceu na rua onde estavam, e foram atingidos, sendo que Stephenie acabou por não resistir aos ferimentos e morreu. Scott sobreviveu após uma lenta recuperação, apesar daquela noite ainda lhe trazer lembranças terríveis, além das sessões de terapia que tem frequentado e dos remédios que tem de ingerir.
Já fazem 9 meses e 16 dias desde que essa tragédia abalou a vida de Scott, e todas as investigações foram inconclusivas até o momento, não havendo suspeitos do crime.
Devido aos problemas que o tiroteio lhe causou, Scott poderia se aposentar por meio de uma licença médica, mas parar de trabalhar e não prender os assassinos está fora dos seus planos. Apesar de nunca ter tido contato com animais, ele decide voltar ao serviço com o pelotão do K-9, ou seja, os policiais que lidam com cães. É então que os caminhos de Maggie e Scott se cruzarão.
Ao participar de seu primeiro treinamento, o supervisor do pelotão estava pronto para designar determinado cachorro a Scott. Mas, ao chegar nos canis, ele acabou por ver aquela pastor-alemão, sendo foi impossível não sentir algum tipo de conexão ao olhar para ela e ver dor e perda em seus olhos.
Após a insistência de Scott, seu supervisor lhe dará uma chance e um prazo de duas semanas para treinar com Maggie. Assim como ele, Maggie passou por traumas que não podem ser curados momentaneamente, e a relação entre eles será de extrema importância para curar as feridas existentes, com uma nova chance de confiar, cuidar e proteger, formando uma nova matilha.
Ao mesmo tempo que inicia seus treinamentos com Maggie, Scott vê a perspectiva do caso mudar quando um novo oficial assume a a investigação e começa a dar novos rumos aos acontecimentos. Juntamente com ele, Scott irá se esforçar ao máximo para lembrar do que realmente aconteceu naquela noite, além de se envolver mais profundamente procurando por pistas ignoradas pelos outros oficiais em suas pesquisas, esperando que tudo finalmente se encaixe e os leve aos assassinos.
O que mais me agradou no livro foi a narrativa, que apesar de ser realizada na maior parte do tempo por Scott (além de alguns personagens secundários), acabou por trazer também alguns capítulos do ponto de vista de Maggie. Nem preciso dizer o quão incrível tal perspectiva foi, já que acabamos vendo a forma como os cães assimilam o que acontece ao seu redor através de cheiros e sons, a maneira como isso lhes faz sentir e a forma como protegem seu dono. Isso acaba nos trazendo uma nova visão do mundo animal e dos nossos amados cachorros, os entendendo e amando ainda mais.
Essa forma de narrativa trará uma percepção ainda melhor da confiança que será construída entre homem e animal ao decorrer da história, já que no início vemos dois seres retraídos, cada um com suas dores e traumas. Ver o laço que consegue ser criado entre eles e a forma como essa relação passa ao patamar de amor mútuo, já faz toda a história valer a pena de ser lida.
A personalidade forte de Scott conseguiu trazer mais potência e energia para a história, já que ao invés de simplesmente ter aceitado a licença e aposentadoria, ele lutou e quis continuar fazendo algum trabalho, mesmo que isso pudesse ser um pouco difícil para ele. Em momento algum ele desistiu perante as dificuldades e, acima de tudo, lutará e investigará até o fim para que os culpados pela morte de Stephenie fiquem atrás das grades.
Um dos fatores que me fizeram gostar tanto da outra obra do autor havia sido o fato de que Crais usou temas reais para construir seu enredo, o que acabou por não ser diferente aqui. Ainda sim, não posso contar qual a questão abordada, porque grande parte do suspense da história seria entregue, apesar de ser um assunto sério que costuma ocorrer em diversos ambientes.
Essa edição da Editora Nacional está linda, como vocês puderam perceber pelas fotos. Nas divisões das partes da história e nas folhas de guarda vemos mãos humanas sobrepostas as patas de um cão, refletindo perfeitamente a relação abordada na história.
Para qualquer leitor que goste de thrillers, finais eletrizantes, ou para os apaixonados por cachorros assim como eu, Suspeitos é um livro maravilhoso e uma ótima pedida que vai lhe deixar desejando os demais livros do autor.
Scott era policial, e fazia uma de suas corriqueiras rondas com sua parceira Stephenie quando uma tragédia ocorreu. Eles acabaram por ficar em meio a um tiroteio que aconteceu na rua onde estavam, e foram atingidos, sendo que Stephenie acabou por não resistir aos ferimentos e morreu. Scott sobreviveu após uma lenta recuperação, apesar daquela noite ainda lhe trazer lembranças terríveis, além das sessões de terapia que tem frequentado e dos remédios que tem de ingerir.
Já fazem 9 meses e 16 dias desde que essa tragédia abalou a vida de Scott, e todas as investigações foram inconclusivas até o momento, não havendo suspeitos do crime.
Devido aos problemas que o tiroteio lhe causou, Scott poderia se aposentar por meio de uma licença médica, mas parar de trabalhar e não prender os assassinos está fora dos seus planos. Apesar de nunca ter tido contato com animais, ele decide voltar ao serviço com o pelotão do K-9, ou seja, os policiais que lidam com cães. É então que os caminhos de Maggie e Scott se cruzarão.
Ao participar de seu primeiro treinamento, o supervisor do pelotão estava pronto para designar determinado cachorro a Scott. Mas, ao chegar nos canis, ele acabou por ver aquela pastor-alemão, sendo foi impossível não sentir algum tipo de conexão ao olhar para ela e ver dor e perda em seus olhos.
Após a insistência de Scott, seu supervisor lhe dará uma chance e um prazo de duas semanas para treinar com Maggie. Assim como ele, Maggie passou por traumas que não podem ser curados momentaneamente, e a relação entre eles será de extrema importância para curar as feridas existentes, com uma nova chance de confiar, cuidar e proteger, formando uma nova matilha.
Ao mesmo tempo que inicia seus treinamentos com Maggie, Scott vê a perspectiva do caso mudar quando um novo oficial assume a a investigação e começa a dar novos rumos aos acontecimentos. Juntamente com ele, Scott irá se esforçar ao máximo para lembrar do que realmente aconteceu naquela noite, além de se envolver mais profundamente procurando por pistas ignoradas pelos outros oficiais em suas pesquisas, esperando que tudo finalmente se encaixe e os leve aos assassinos.
O que mais me agradou no livro foi a narrativa, que apesar de ser realizada na maior parte do tempo por Scott (além de alguns personagens secundários), acabou por trazer também alguns capítulos do ponto de vista de Maggie. Nem preciso dizer o quão incrível tal perspectiva foi, já que acabamos vendo a forma como os cães assimilam o que acontece ao seu redor através de cheiros e sons, a maneira como isso lhes faz sentir e a forma como protegem seu dono. Isso acaba nos trazendo uma nova visão do mundo animal e dos nossos amados cachorros, os entendendo e amando ainda mais.
Essa forma de narrativa trará uma percepção ainda melhor da confiança que será construída entre homem e animal ao decorrer da história, já que no início vemos dois seres retraídos, cada um com suas dores e traumas. Ver o laço que consegue ser criado entre eles e a forma como essa relação passa ao patamar de amor mútuo, já faz toda a história valer a pena de ser lida.
A personalidade forte de Scott conseguiu trazer mais potência e energia para a história, já que ao invés de simplesmente ter aceitado a licença e aposentadoria, ele lutou e quis continuar fazendo algum trabalho, mesmo que isso pudesse ser um pouco difícil para ele. Em momento algum ele desistiu perante as dificuldades e, acima de tudo, lutará e investigará até o fim para que os culpados pela morte de Stephenie fiquem atrás das grades.
Um dos fatores que me fizeram gostar tanto da outra obra do autor havia sido o fato de que Crais usou temas reais para construir seu enredo, o que acabou por não ser diferente aqui. Ainda sim, não posso contar qual a questão abordada, porque grande parte do suspense da história seria entregue, apesar de ser um assunto sério que costuma ocorrer em diversos ambientes.
Essa edição da Editora Nacional está linda, como vocês puderam perceber pelas fotos. Nas divisões das partes da história e nas folhas de guarda vemos mãos humanas sobrepostas as patas de um cão, refletindo perfeitamente a relação abordada na história.
Para qualquer leitor que goste de thrillers, finais eletrizantes, ou para os apaixonados por cachorros assim como eu, Suspeitos é um livro maravilhoso e uma ótima pedida que vai lhe deixar desejando os demais livros do autor.
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