22 de março de 2014

Resenha | A Casa Dos Macacos - Sara Gruen


Título: A Casa dos Macacos
Autora: Sara Gruen
Editora: Record
Páginas: 400
Ano: 2011
Adicione: Skoob
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Isabel Duncan, cientista do laboratório de Linguagem de Grandes Primatas, não compreende as pessoas. Mas sabe tudo sobre macacos. Principalmente os bonobos Sam, Bonzo, Lola, Mbongo, Jelani e Makena. Integrantes de uma das espécies mais próximas da humana, são capazes de raciocinar e de se comunicar na linguagem americana de sinais. Isabel se sente ainda mais à vontade com eles do que jamais se sentiu com sua própria espécie. Até que conhece o repórter John Thigpen, que apura uma matéria sobre defensores dos direitos dos animais. Quando uma explosão atinge o laboratório, a reportagem, a mais importante da carreira do jornalista, passa a ser centrada em Isabel. E ela se vê obrigada a interagir com sues semelhantes para salvar sua família primata de uma nova forma de exploração: um reality show estrelado pelos bonobos desaparecidos se torna o maior — e o mais improvável — fenômeno da mídia moderna. Milhões de fãs se postam diante da tela da TV para assistir aos primatas pedirem pratos gordurosos para viagem, fazerem sexo diversas vezes e assinar petições pedindo que Isabel vá buscá-los. 


Sara Gruen é também autora de Água Para Elefantes e segue a mesma temática nesse livro, escrevendo sobre os direitos dos animais. Mas, o foco agora são os bonobos, macacos com a capacidade de se comunicar por uma linguagem de sinais específicas.

Isabel Duncan é Pesquisadora do Laboratório de Línguas dos Grandes Símios, onde ela trabalha cuidando de Mbongo, Bonzi, Sam, Jelani, Makena e Lola, que para ela são como sua família.
''Apesar de já ter lido que os bonobos eram diferentes, ele não esperava que ela reagisse tão fisicamente a eles. Sua surpresa talvez fosse evidente, porque depois que parou, ela disse:
- Com o passar do tempo eles ficaram mais humanos e eu fiquei mais bonobo.
Naquele momento ele sentiu um lapso de compreensão, como se de repente lhe tivessem permitido olhar rapidamente por uma fresta. ''
Porém, uma explosão ocorre no laboratório ferindo gravemente Isabel, e na sua inconsciência, os bonobos são levados e acabam por desaparecer por algum tempo, quando finalmente aparecem na televisão em um reality show (parecido com BBB), onde todas as ações dos macacos ''quase humanos'' pode ser assistida por todos 24 horas por dia.

John Thigpen é um jornalista que está arruinado após perder sua matéria sobre os bonobos para sua colega Cat e ter de trabalhar em níveis muito inferiories. Com a ajuda de John e sua assistente maluquinha Celia, Isabel irá iniciar uma procura frenética pelos macacos, que irão gerar descobertas que a farão questionar a confiança das pessoas com que convivem.

Sara Gruen conseguiu dividir muito bem o foco da história entre os bonobos e a vida pessoal tanto de Isabel como de John. A autora explora e descreve muito bem a crise no casamento de John e Amanda, que é um ponto muito positivo no livro, pois acaba se tornando uma reflexão para o leitor. Uma crise pode simplesmente acabar com qualquer casamento, mas devemos dar uma chance e esquecer um poucos os problemas e pensar sobre o porque de nos apaixonarmos e estarmos com essa pessoa, os simples detalhes que nos conquistaram e acabam por serem esquecidos com o dia a dia e o passar do tempo.

Após terminar a leitura da história e ler a Nota da Autora fica-se mais maravilhado ainda, pois algumas cenas são baseadas em fatos verídicos, como os diálogos entre humanos e bonobos, tornando-se um atrativo a mais para fazer a leitura do livro.

A capa do livro é simples, sem muitos detalhes. Na capa também nos deparamos com um comentário: ''Extremamente divertido.'' Essa frase acaba passando uma imagem errada do livro, pois apesar de perceber na leitura algumas frases e diálogos engraçados, o livro trata mais de um drama do que algo carregado de humor. As páginas são amareladas e não há muitos erros de diagramação, além da fonte ser de um bom tamanho.

A trama e a escrita da autora são ótimos, e os acontecimentos te prendem praticamente do início ao fim do livro. Apesar de gostar mais deste livro do que ''Água Para Elefantes'', recomendo a leitura de ambos.



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